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O primeiro dos redutores |
Uma semana depois da instalação do primeiro Quebra Molas ou “redutores de velocidade” como alguns preferem chamar, em Tocantinópolis, a polêmica só aumenta mais e mais. A reclamação por parte dos apressadinhos é generalizada, por outro lado há os defensores, que viram na obra uma boa iniciativa para evitar acidentes naquela avenida onde tem duas escolas, uma próxima a outra. Estamos acompanhando a novela dos redutores desde seu inicio, quando na construção do primeiro perguntamos ao secretário de obras o que seria e de que tipo, e ele prontamente nos mostrou. Dois dias depois da construção do primeiro redutor, fomos procurados por um cadeirante, Reginaldo Nascimento, querendo fazer um protesto à construção do mesmo, ele pediu que eu o acompanhasse até o local, para mostrar que “ele” estaria após a conclusão dos dois, redutores impossibilitado de trafegar pela avenida principal da cidade, fato esse que realmente foi comprovado, pelo modelo que lá está, os cadeirantes não poderiam passar pelo local, tendo então que usar a contra mão, para isso. O que Reginaldo fez ao reclamar, foi somente clamar publicamente o seu direito adquirido através da Lei nº 10.098 de 19 de Dezembro de 2000, “que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências”. Quando estávamos gravando Reginaldo fazendo sua reclamação, o Senhor Secretário de Obras do Município chegou ao local e pediu para se explicar dizendo o seguinte: “O cidadão tem toda razão, mas acontece que ainda não foi terminada a obra ele tem que ver depois de feito, ali na frente tem um acesso a cadeirante que foi eu que fiz, e eu vou fazer dois aqui nesse meio atravessando para o outro lado”. Nesse momento Reginaldo respondeu que não poderia se arriscar a passar pela contra mão, onde começou um inicio de bate boca entre os dois.
Abaixo temos um vídeo mostrando o início da construção dos redutores, e a discussão entre o Secretário e o cadeirante.
Abaixo temos um vídeo mostrando o início da construção dos redutores, e a discussão entre o Secretário e o cadeirante.
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Redutores na Rua Diamante ao lado da mesma escola |
Na verdade, Essas ondulações transversais, popularmente conhecidas como “quebra-molas”, são proibidas. “O parágrafo único do artigo 94 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estipula que é proibida a utilização das ondulações transversais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN”. Atualmente, a lei prevê apenas dois tipos: as de tipo I, que deverão ter altura de até 8 cm , e as de tipo II, que deverão ter altura de até 10 cm . Mesmo assim, alguns municípios insistem em desrespeitar tais normas. Diversas pessoas que sofreram prejuízos decorrentes pelos quebra-molas recorrem ao Judiciário para que os municípios as indenizassem.
Muitos são os casos de prefeituras que tiveram de pagar indenizações a pessoas acidentadas em quebra molas, um dos casos mais citados nestes tipos de ações é a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde um motociclista morreu após perder o controle ao passar por um quebra-molas mal sinalizado.
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Veículo passando no outro modelo de redutor |
Esse redutor de velocidade construído naquele local “perto da escola” é fundamental para a segurança das crianças que lá estudam, já que o risco de acidentes era enorme. Já a polêmica gerada está como sempre em outros moldes, o chamado “político social”, pois quem mais reclama dele “o redutor” na maioria são aqueles que enxergam em tudo, uma oportunidade de “queimar” a atual administração.
Mas, nesse caso existem muitas pessoas que reclamam com certa razão, por exemplo, notamos que o primeiro “redutor” construído, não é igual aos demais que foram colocados na Rua Diamante, lateral da Escola Paroquial Cristo Rei, nesses existem uma pequena elevação antes, que facilita a passagem nele. Outras reclamações com certeza irão surgir, como a do rapaz que caiu na sexta feira ao passar pelo local de moto, e, despercebido foi pego de surpresa e estragou a pintura dele e da moto.
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Avenida totalmente interditada para obras |
Já hoje pela manhã presenciamos o proprietário do Posto Esperança reclamando com o pessoal da prefeitura, porque bloquearam as duas pistas, deixando o posto praticamente isolado já que os motoristas ao ver as placas de obras voltavam na esquina anterior. Seu João reclamava com razão sobre o assunto, ele disse: “Elogiei o quebra molas, isso aqui tava um perigo, tava vendo a hora que uma criança fosse atropelada, machucada, ninguém respeitava a velocidade, e aqui passa cerca de mil crianças com esse dois colégios, mas, para construir, vão e interditam as duas pistas em plena segunda-feira, ta errado, atrapalha o comércio, tinha que ser feito a noite ou pelo menos isolar somente um lado da pista”.
Também ficou completamente isolado o Supermercado Netão, que com certeza deve ter sentido no bolso o prejuízo com o bloqueio desta segunda-feira.
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Desvio feito para os cadeirantes |
Com a finalização dos dois quebra molas e a construção do acesso aos cadeirantes que sobem a avenida, a obra já está praticamente no fim, porém surgiu outro pequeno problema, os motoqueiros mais apressadinhos estão usando o acesso dos cadeirantes para não terem que passar pelo redutor, é problema em cima de problema.
O mais engraçado nessa história toda é que a brilhante idéia de reviver os quebra molas dentro da cidade partiu de uma criança chamada Beatriz G. Oliveira ela tem apenas 9 anos e estuda o 5º ano na própria Escola Paroquial Cristo Rei. Ela foi candidata ao cargo de Presidente do Governo Estudantil 2011, do turno matutino, fez, entre outras, a promessa durante a campanha de tentar interceder junto à Prefeitura para que fosse feita a instalação dos redutores de velocidade. Era assim que ela se referia a eles em seu discurso. Então, no dia 27 de janeiro ela, juntamente com sua mãe foram na Prefeitura, e o Prefeito lhe falou que já pretendia fazer os redutores, mas com a iniciativa e promessa de Beatriz, o faria o mais rápido possível. Na sexta, dia 28/01, foi protocolado, juntamente com a escola, o ofício solicitando a obra, pedindo, inclusive, que tal medida se estendesse para as demais instituições de ensino, visando a garantir a proteção e segurança dos estudantes da cidade, direitos previstos inclusive no ECA.
Moral da história, uma criança em poucos dias de mandato, fez mais que muitos políticos em 02 anos inteiros.
Na matéria anterior, eu fiz uma observação que alguém iria cair como de fato aconteceu. Isto estava na cara, pois como dito, a inclinação do quebra-molas na Av. N. Sra. de Fátima é muito grande fazendo-o parecer um paralelepípedo. Um choque forte e desapercebido no mesmo faz com que o condutor perca o controle e vá ao chão rapidamente. Já os outros colocados na Rua Cristal foram desenvolvidos em dois níveis fazendo com que o obstáculo se torne mais suave ao passar. Seria interessante que a Prefeitura arrumasse o primeiro. Agora, infelizmente não posso deixar de falar sobre o acesso aos cadeirantes feito no primeiro quebra-molas, os funcionários colocaram-no no canteiro central... pelo amor de Deus, será que o responsável não entende de trânsito? Gente... cadeirantes e veículos lentos andam pela faixa da direita, como então fazem um acesso no lado contrário da pista (canteiro central)? desta forma, os cadeirantes tem que cruzar a pista para transpassar o quebra-molas colocando suas vidas em maior risco, pois ficarão expostos no meio da pista. Sinceramente é muito displicência de quem o fez.
ResponderExcluircadê o ministerio do trabalho video mostra tudo
ResponderExcluirNo meio dessa polêmica toda, que é salutar, já que a prefeitura faz algo, mas é questionada, e isso provoca os ajustes necessários; bem que o poder municipal podrial lemnbrar que os cadeirandes são equiparados aos pedestres e não deveriam disputar o espaço com os veículos no meio da rua. Eles deveriam andar pelas calçadas ,como os pedestres, mas não conseguem porque não tem as rampas. E, agora, com o advento dos redutores de velocidade radicais, começou a acontecer um fato exdrúxulo: os cadeirantes concorrem com os motoqueiros até nas calçadas, uma vez que eles, para fugir das barreiras, usam as rampas dos pobres aleijados. No final, pode terminar mandando mais gente para as temidas cadeiras de rodas. Por isso, recomendo moderar o radicalismo dos obstáculos oficiais, fazer faixa de pedestres e fazer também as rampas em toda a cidade.
ResponderExcluirO problema maior é a questão cultural, ou melhor, a grande falta de educação da população.
ResponderExcluirNa realidade o que nós vemos, todos os dias, são as imprudências no trânsito.
Não adianta ter faixa horizontal nas portas das escolas. Os motoqueiros e grande partes dos motoristas, ao chegar em frente as escolas, fazem questão de aumentar a velocidade dos veículos que conduzem.
As calçadas, que são para usos dos pedestres, são usadas pelos comerciantes para exporem suas mercadorias, diminuindo o espaço de passagem dos transeuntes que, muitas vezes, disputam com crianças e jovens, em bicicletas, a passagem.
Concordo plenamente com o Reiginaldo de que os cadeirantes teriam que andar pelas calçadas, só que, nas cidades do Brasil é impossível isso acontecer, devido aos desniveis das calçadas.
O redutor de velocidade pode sanar, em parte, esse problema. E a rampa para os cadeirantes estão sendo construidas
Na verdade o maior problema é a falta de EDUCAÇÃO !!! Não existe educação por parte dos condutores e muito menos por parte dos pedestres. Lugar de pedestre é na calçada e nao "desfilando" no meio da rua como muitos andam. Se faz necessário maior atenção à EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO nas nossas escolas.
ResponderExcluirQuanto aos quebra... molas, carro, tudo ??? a iniciativa é válida porém condeno a forma como está sendo feita, totalmente fora dos padrões. è necessária uma repensada sobre o assunto e corrigir os erros existentes.
Resta saber se o comandante da Polícia Militar que ora responde pela CIRETRAN de Tocantinópolis orgão responsável pela legislação de transito do municipio, como também os orgãos públicos responsável pela defesa dos cadeirantes,farão vista grossa diante deste grave erro, em colocar os cadeirante para atravessarem a rua para acessar sua passagem? ISTO É INCRIVEL!!!
ResponderExcluirOs quebra molas nessa área escolar é fundamental já que os condutores de veículos e motos não respeitam a velocidade permitida diante de uma instituição escolar, porém o modelo adotado é que está errado, é preciso conhecer as leis de trânsito existente, porque nos dias de hoje tudo é legalizado se tivessem feito isso antes essa polêmica não estava acontecendo.
ResponderExcluirNuma visao geral, percebemos que são mais vantagens que desvantagens, pois vidas de inocentes estao sendo protegidas. Agora, insatisfeitos sempre existirão, porque não é possível agradar a todos, indistintamente. É mais fácil criticar do que fazer. E diante das nossas leis, é possível que mandem retirar tudo, desconsiderando a fragilidade das crianças que atravessam ali, mesmo a proteção delas sendo uma garantia constitucional. Como é que ninguem entra na justiça, ou procura a Promotoria para reclamar da insegurança no local? Pra relatar os acidentes em frente à escola Pio XII? Porque se calam diante da morosidade da justiça, da falta de estrutura das delegacias, do caos da falta de profissionais no serviço público, da violencia, enfim, porque não reclamam DO QUE NAO ESTÁ SENDO FEITO??? Preferem perseguir, criticar, mexer no que tá dando certo. Falta de costume desses motoristas, acostumados a serem donos da rua, falta de costume dos pedestres que anda em grupos, lado a lado, ocupando toda a rua. Muito ainda precisa ser feito. Vamos acordar pra vida, mudar de hábitos, respeitar os mais vulneráveis?? Mesmo os cadeirantes... Estão reclamando muito por quase nada. A rua ali é inclinada, nem dá pra andar perto do meio fio. A calçada da igreja é excelente opçao, pois a descida em direção ao posto é suave. Reclamam só pra fazer polêmica mesmo... canseira...
ResponderExcluirA frente da Escola Cristo Rei já foi palco de vários acidentes com alunos devido a entrada e saída dos mesmos e pela alta velocidade dos carros que transitam por ali. Agora a prefeitura tenta coibir esse desrespeito com os nossos filhos como também protege-los dos acidentes mas vem os advogados do diabo criticando essa ação. Conheço uma mocinha que ficou com problemas na perna devido uma caminhoneta que passou por cima bem ali em frente a escola. Eu aconselharia esses desocupados procurar outro assunto para protestar e deixar o secretário fazer o seu serviço.
ResponderExcluirrapaz pra fazer esses retentores o prefeito ou o secratário de obras de tinha que consultar alguém que conheçar de transito,mais quem o prefeito consultar primeiro são seus trez maiores babões,1 lugar buxim, 2 lugar joel foem, 3 lugar macarrão
ResponderExcluirLeis de trânsito são para "pessoas sociais", com cultura, educação e respeito ao próximo. Quebra molas são para "animais motorizados", que é o caso de Tocantinópolis(outras cidades também) e, que me perdoem os animais de verdade!
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