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terça-feira, 1 de março de 2011

PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO CHEGA À UTI-CARDIO DO HDO

O aposentado Genaro Mariano de Oliveira, de 75 anos, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI-Cardio), do Hospital Dom Orione (HDO), desde o dia 8 de Janeiro de 2011. Teoricamente, seria uma pessoa comum, que foi internada após passar por uma cirurgia de ponte de safena e outra de cateterismo. Na prática, pode-se perceber que é um paciente que nesses 51 dias têm se recuperado de forma positiva, graças ao programa de humanização, implantado dentro deste Hospital, que tem como objetivo facilitar a evolução acelerada do paciente.
O programa consiste em deixá-lo em um quarto especialmente isolado e com acesso à família facilitado. O membro familiar pode visitá-lo duas vezes ao dia, durante duas horas. O programa inclui também a chegada de presentes, rádio de pilhas e até um aparelho de televisão.
AVALIAÇÃO
De acordo com a enfermeira responsável pela Unidade, Anita Alves de Jesus, os outros pacientes recebem visita diariamente apenas das 14 às 14h10 e os Boletins Médicos são liberados para as famílias às 10 horas da manhã e às 10 da noite. Ainda de acordo com ela, o paciente está no ventilador para respiração e o mesmo, segundo o cadastro de dados, teria fumado por 50 anos. Poucos dias após dar entrada na UTI, seu Genaro estava depressivo. Ao observar a situação, a equipe de profissionais da Unidade avaliou a família e incluiu-a no programa de humanização do hospital. A enfermeira lembra que ele ressurgiu e um novo brilho nos olhos pode ser visto, principalmente, quando seus netos mandaram desenhos (Foto) e escreveram mensagens de motivação ao avô. “A gente tem notado que ele tem melhorado bem, por causa da solidariedade e do tratamento diferenciado, que é invejável”, disse uma das filhas do aposentado, a autônoma Ana Maria de Oliveira, acrescentando que um dos netos chamam o avô de pai, dada a consideração.
FALA
Por enquanto, o aposentado apenas escuta, mas responde perfeitamente a estímulos, como levantar o polegar das mãos, como forma de dizer um “sim”, por exemplo. Ele também se comunica utilizando uma Tabela de Comunicação, que é um quadro onde ele exterioriza seus pensamentos. Para a família, a mudança de fisionomia do paciente é um grande progresso e assegura que a humanização é um fator positivo e satisfatório para a  recuperação do pai. “Para nós é muito bom, porque estamos acompanhando e vendo a evolução, pois ele não se sente mais como um abandonado. Isso faz com ele vá reagindo”, disse Ana Maria de Oliveira, comparando o hospital a uma grande família e os profissionais da saúde como verdadeiros anjos.
PACIENTES
De acordo com a enfermeira Anita, o aposentado é o terceiro paciente incluso no programa. Os outros dois pacientes saíram da UTI-Cardio totalmente recuperados e voltam ao Hospital apenas para a revisão médica de rotina. Como todos os casos representam sucesso da equipe de profissionais que atuam no Setor, segundo ela, sobram agradecimentos por parte de familiares e do próprio paciente.
Enquanto isso, filhos, esposa e netos do aposentado Genaro Mariano de Oliveira, visitam seu leito e não o deixam sozinho, já que a esperança é a última que morre. “Temos muita fé e confiança de que ele se recupere o mais rápido possível e possa sair bem daqui, em breve” disse o filho, acrescentando que o que a saudade machuca demais. “Ele faz muita falta, já que ele é o centro da família, e nós amamos muito ele” é o que assegura o médico veterinário e filho, Gendival de Oliveira, com um pacote de fraldas nas mãos para auxiliar no serviço de higiene do pai. .
O fato é que, se depender dos netos, o avô breve estará de volta para casa. “Eles sentem muita falta dele, inclusive todos os dias eles fazem corrente de oração em circulo e pedem para o ‘papai do céu’ para proteger as pessoas que estão cuidando do avô. Eles pedem mesmo para Deus sarar o avô e voltar logo pra casa” afirmou a autônoma Ana Maria de Oliveira.
ENTENDA O CASO
O pernambucano Genaro Mariano de Oliveira reside no Tocantins, desde 1992, depois de visitar e ver a fertilidade do lugar. Ainda antes da maioridade, o pernambucano começou a fumar e quando de idade avançada percebeu que estava com um cansaço no peito que o deixava desconfiado. Após se consultar o médico, Dr. César Delgado, ele descobriu que estava à beira de um enfarto e que precisava se tratar, uma vez que uma grande porcentagem de suas artérias e troncos estava destruída. A família o trouxe para o Hospital Dom Orione, onde descobriu que ele precisava fazer cirurgias na região do coração.
Fonte: Weberson Dias Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Orione

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