Iniciada em primeiro de dezembro de 2010, a formação do reservatório da Usina Hidrelétrica Estreito entra na fase final. Todo o trabalho foi planejado e coordenado pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste), que também atendeu às orientações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Localizado no Rio Tocantins, entre os Estados do Maranhão e do Tocantins, o lago da Usina terá 555 Km2 de espelho d’água e teve seu regime hidrológico (comportamento das vazões durante um período - que inclui as fases de cheia e vazante) devidamente acompanhado por especialistas. Vale destacar que o enchimento só iniciou após a emissão da licença de operação pelo Ibama, em 24 de novembro de 2010.
O Gerente de Engenharia do CESTE, Nelson Milano Muniz, relata que diariamente o volume de água do reservatório é acompanhado por meio dos limnígrafos (réguas de medição) instalados em sete pontos de sua área.. Esses limnígrafos trazem as medidas das cotas alcançadas com a subida do nível da água no reservatório.
RESERVATÓRIO
Indispensável para garantir o volume de água necessário para fazer funcionar as turbinas e gerar energia, o reservatório terá seu enchimento concluído ao alcançar a cota 156 (medida referenciada pelo nível do mar e registrada em metros). Na Usina de Estreito, ele é do tipo fio d’água, onde não existe oscilação significativa no nível da água.
“Cada turbina necessita ter uma vazão de 800 metros cúbicos por segundo. Esse volume passa por duas estruturas, a tomada d’água e a casa de força, até chegar à turbina, e depois volta para o rio”, diz o Gerente Geral do Canteiro de Obras, Adalberto Rodrigues.
É importante destacar que nas hidrelétricas a fio d’água o volume de água que chega ao reservatório é o mesmo que sai após a geração de energia. Como já dito, na Usina de Estreito a lâmina d’água ficará na cota 156, o que favorece o uso múltiplo do lago, como para atividades de esporte e lazer, e, especialmente, para as praias permanentes que poderão funcionar o ano inteiro.
FISCALIZAÇÃO
A formação do reservatório da UHE Estreito, tem sido acompanhada por órgãos fiscalizadores do Governo Federal – Ibama, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Ana (Agência Nacional das Águas) - por meio de relatórios emitidos pelo CESTE e de visitas ao canteiro de obras da Usina.
Fora esses três órgãos fiscalizadores, a UHE Estreito também vem sendo acompanhada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, que vai ditar o regime de operação da Usina. Adalberto Rodrigues relata que mesmo nessa fase de construção, os movimentos de abertura e fechamento das comportas do vertedouro são relatados ao ONS.
SEGURANÇA
O Gerente Geral do Canteiro de Obras explica que existe uma faixa de 500 metros no entorno da Usina - tanto a montante, como a jusante - onde é proibida a circulação de pessoas, em embarcações ou não. Essa área já começou a ser sinalizada de acordo com as especificações da Marinha do Brasil.
Fala-se que a estrutura dessa usina foi fixada em argila e não em rochas. Perfuraram e perfuraram e nada de rocha, dessa forma, resolveram fazer assim mesmo, e agora com as aguas sendo represadas a mesma começa a apresentar fissuras que só ocorrem em usinas com mais de 30 anos de construção. Uma pena...
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