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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CASO GUSTAVO (PARAÍSO DO TOCANTINS)

CONCLUSÃO DE INQUÉRITO APONTA QUE TALITA E MILLENA MATARAM GUSTAVO POR VINGANÇA E CIÚME
O titular da segunda Delegacia de Polícia Civil de Paraíso, Luciano Cruz, apresentou nesta terça-feira, 1º, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Paraíso (Acip), a conclusão do Inquérito que apura o assassinato do estudante Gustavo Arruda Ferreira, 24 anos. “Com base nos depoimentos foi concluído que Talita e Millena mataram Gustavo por vingança e ciúme”, disse o delegado.
O corpo de Gustavo foi encontrado no sábado, 22, no porta-malas de um veículo Pegeout, abandonado em uma estrada, às margens da Rodovia BR-153, sentido Barrolândia, a cerca de 8 km de Paraíso, a 60 km da Capital.
Segundo o delegado, Talita e Milena serão indiciadas pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, dissimulação e recurso que tornou impossível a defesa do ofendido), ocultação de cadáver, tráfico de drogas, receptação dolosa e uso de documento falso.
“Estou entregando hoje [terça-feira, 1º], o inquérito para cumprir o prazo legal de dez dias, mas as investigações irão continuar. Ainda precisamos de resultados periciais que serão realizados nos próximos dias e outras diligências que comprovem cabalmente a participação de Talita e Milena neste crime brutal”, explicou Cruz.
O delegado informou que as indiciadas se encontram recolhidas na unidade prisional feminina de Taquaralto. “Elas ocupam celas separadas”, disse o delegado lembrando que elas serão submetidas a júri popular, mas que não há previsão de data ainda.
EXAME CADAVÉRICO
O delegado contou também que o exame cadavérico realizado no corpo de Gustavo apontou 11 feridas cortantes e corto-contusas (possivelmente provocadas pelo martelo usado pelas indiciadas) na região da cabeça, três perfurações de faca no pescoço e uma ferida na face.
“O que causou a morte do estudante foi uma hemorragia interna provocada por um dos golpes de faca aplicado no pescoço. Foi à maior perfuração de todas. Os exames indicaram que a profundidade chegou a oito centímetros e atingiu vasos sanguíneos cervicais”, explicou o delegado.
O delegado informou que também foram requisitados exames de alcoolemia e toxicológico da vítima, contudo, os resultados desses exames deram negativo.
SURPRESAS
O delegado informou ainda que durante as investigações foi encontrado na casa de Talita e Millena sete porções de cocaína. “Uma testemunha informou que Millena estava traficando droga”, relatou.
Ainda segundo Cruz, também foi descoberto que o veículo usado por ambas é furtado, que a placa é de Goiás e que os documentos do automóvel (CRLV e CRV) são falsos.
PRIMEIRA VERSÃO
O delegado contou que chegou até Talita e Millena através de amigos de Gustavo. “Amigos de Gustavo informaram que ele estava se envolvendo com Talita”, disse o delegado.
Segundo ele, Talita assumiu toda a responsabilidade pelo crime e, durante o depoimento contou que convidou Gustavo para jantar em sua residência na sexta-feira, 21, e que ele chegou por volta das 21h15.
Durante o depoimento, ainda conforme Cruz, assim que Gustavo chegou na residência delas, colocou o Pegeout na garagem, tendo Talita estacionado o dela atrás do dele.
Talita confessou também que preparou para o jantar um purê de batatas onde foi colocado um remédio, comprado pela internet, com a finalidade de fazer Gustavo dormir.
Cruz contou que Talita prosseguiu o depoimento contanto que Gustavo começou a ficar sonolento logo após ingerir a comida.
Nesta altura, ainda conforme o delegado, Talita disse que aproveitou a situação e amarrou os pés e as mãos de Gustavo com corda, mas que ele tentou se soltar, foi então que pegou uma faca e deu o primeiro golpe nas costa de Gustavo.
Talita disse que Gustavo mais uma vez tentou se soltar, foi então que deu mais uma facada e ele caiu no chão sem vida.
“Queria apenas dar um susto nele. Ele estava me importunando muito”, declarou Talita, afirmando que até este momento Millena não estava em casa.

Ainda conforme Talita, durante o depoimento, afirmou que Millena só chegou a casa por volta das 22h30 e ficou assustada com a cena que viu. “Mas pelo amor que sente por mim, ajudou a ocultar o corpo”, declarou.
Talita contou, que ambas colocaram o corpo de Gustavo no bagageiro do Pegeout (o veículo é de Paloma, irmã de Gustavo) e seu rosto foi coberto por uma sacola de plástico.
Cruz informou que a distância entre a sala e a garagem da casa de Talita e Millena é de cerca de sete metros.
Talita narrou também que deixaram o carro em uma estrada perto de Paraíso, e voltaram para casa, onde limparam o sangue deixado no sofá e respingado na parede da sala.
Segundo o delegado, quando Millena foi interrogada confirmou a primeira versão de Talita e disse que sua participação no caso foi apenas na ocultação do corpo.
SEGUNDA VERSÃO
Ainda conforme o delegado, Talita resolveu mudar a primeira versão, alegando que não tinha contato a verdade porque tinha feito um pacto com Millena para assumir, sozinha, toda a responsabilidade pelo crime, por amor a Millena e para que esta pudesse criar o filho (de Millena), uma criança de 4 anos de idade.
No depoimento, ela disse que conheceu Gustavo na Chácara Paraíso, tendo sido apresentada a ele por uma amiga e através desta conseguiu o número do celular dele. Talita afirmou que começou a ligar para Gustavo duas semanas antes do dia do crime, tendo ele demonstrado interesse por ela.
Então o convidou para jantar na sexta-feira, 21. Millena estava em casa e escondida. No jantar foi servido um purê, onde Millena dissolveu três comprimidos do remédio Convulsan, que, segundo o delegado, é um medicamento de tarja preta e precisa de receita azul para ser adquirido.
O delegado disse também que segundo Talita, Gustavo levou uma bebida, contudo, Talita não permitiu que ele a ingerisse, pois, associada àquele remédio, causaria o efeito contrário, ou seja, Gustavo ficaria eufórico em vez de sonolento.
Como o remédio não fazia efeito, Talita contou ao delegado que resolveu então fazer massagem nele e quando ele dormiu chamou Millena, que entrou na sala com um martelo na mão e uma algema no bolso da calça e logo aplicou o primeiro golpe na cabeça de Gustavo.
Ainda conforme Talita, Gustavo se assustou e perguntou o que estava acontecendo, ocasião em que Millena disse para ele calar a boca e colocar as mãos para trás, sendo que nesse momento, algemou Gustavo e em seguida, aplicou então mais marteladas na cabeça dele.
Millena, segundo Talita, foi até a cozinha onde pegou uma faca, uma corda e sacolas e sacos plásticos. Talita contou que Millena amarrou os pés e mãos de Gustavo e em seguida tentou sufocá-lo com uma sacola, contudo, como essa ação fazia muito barulho, Millena resolveu então amordaçá-lo com um saco plástico e com a própria camiseta.
Ainda durante a explanação do delegado, Talita contou que Gustavo foi golpeado com uma faca, tendo Millena, com a ajuda de um martelo, feito com que a arma entrasse mais no pescoço de Gustavo provocando a morte dele.
3ª VERSÃO
Na continuação do interrogatório, Milena garantiu que não houve a participação de uma terceira pessoa. No entanto, Talita disse que só fala a respeito na presença de juiz. “A Milena foi categórica em afirmar que não existe participação de outra pessoa no crime, mas vamos investigar com mais profundidade para determinar se houve ou não”, esclareceu o delegado.
PERITO
O perito criminal Luciano Barreto, um dos responsáveis pelo caso, informou que ainda estão esperando os resultados de exames laboratoriais para que o relatório final da perícia seja concluído.
Conforme o perito foram colhidas na casa de Talita e Millena, vestígios de sangue na roupas delas, no sofá e nas paredes.
Além do exame de DNA que será realizado na amostra de sangue fornecida espontaneamente pelas indiciadas, também estão sendo periciados o carro de Gustavo, o cobertor que cobriu o corpo, o par de tênis, a faca, e outros objetos encontrados na cena do crime e no local onde o veículo da vítima foi abandonado.
Vejam Abaixo os Vídeos da Coletiva:

Fonte: Paraisonaweb

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