MPTO investiga ex-prefeito de Cachoeirinha por suposto favorecimento em licitação
O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), por meio da
Promotoria de Justiça de Ananás, instaurou um Procedimento Preparatório
para apurar um possível ato de improbidade administrativa envolvendo o
ex-prefeito de Cachoeirinha/TO, Paulo Macedo Damacena.
A investigação teve início após uma denúncia anônima, registrada como
Notícia de Fato nº 2025.0010385, que aponta o uso indevido da empresa
G. Fonseca de Azevedo Ltda, CNPJ nº 13.604.686/0001-71, que costa em
nome de Gilvan Fonseca de Azevedo, em processos licitatórios durante a
gestão de Paulo Damacena. Segundo o documento, além do direcionamento de
licitação, servidores públicos teriam sido utilizados para execução de
obras em benefício da empresa.
Segundo dados do portal da transparência do município, a empresa cujo
nome de fantasia é “Cachoeirinha Empreendimentos”, com sede na Rua
Cônego João Lima, nº 1825, recebeu dos cofres públicos da prefeitura o
total de R$ R$ 1.912.126,74 (Dois Milhões, Novecentos e Doze Mil, Cento e
Vinte e Seis Reais e Setenta e Quatro Centavos). Os valores foram pagos
entre 25 de Fevereiro de 2022 a 30 de Dezembro de 2024.
Neste ano de 2025, sob a administração do prefeito Sandrimar Alves da
Silva, a empresa G. Fonseca de Azevedo já recebeu da prefeitura o valor
de R$ R$ 503.976,62.
O procedimento foi formalizado no Diário Oficial Eletrônico do MPTO,
edição nº 2276, datada de 5 de novembro de 2025. A portaria, assinada
pelo Promotor de Justiça Gilmar Pereira Avelino, determina diligências
como comunicação ao Conselho Superior do MP, publicação oficial e
solicitação de parecer técnico ao Centro de Apoio Operacional do
Patrimônio Público e Criminal (CAOPAC), com prazo de 60 dias para
análise dos documentos anexados.
A medida visa verificar a regularidade da contratação da empresa e
apurar se houve violação à probidade administrativa, conforme previsto
na legislação vigente.